Starfield Review: Análise sobre 40 Horas de Jogo, Explorar de Forma Correta!

Uma das principais críticas que vi circulando é a movimentação no espaço. A Bethesda optou por uma abordagem mais baseada em menus e submenus, o que p

 

O Que Dizer em 40 HORAS de STARFIELD

E aí, pessoal! Aqui é o Danilo da Overcentral, e hoje vamos entrar de cabeça no universo de Starfield, a mais nova criação da Bethesda. Esqueçam aqueles reviews que só falam da superfície do jogo, porque o que eu tenho pra vocês é uma análise aprofundada após mais de 40 horas de gameplay. É isso mesmo, mergulhei de cabeça nesse espaço sideral repleto de mistérios e aventuras.

Primeiro, quero deixar claro que não recebi uma cópia antecipada do jogo. Assim como a maioria de vocês, comprei minha versão premium e comecei a minha jornada espacial no dia 29 de setembro. E, sinceramente, foi difícil desgrudar do jogo desde então.

Então, vamos direto ao ponto. Starfield não é perfeito, longe disso. Vamos começar com os pontos negativos que encontrei durante essas horas iniciais.

Movimentação pelo Espaço e Telas de Loading

Uma das principais críticas que vi circulando é a movimentação no espaço. A Bethesda optou por uma abordagem mais baseada em menus e submenus, o que pode ser um tanto entediante. Cada vez que você decide para onde ir, precisa navegar por uma série de menus e, em seguida, enfrenta uma tela de loading para chegar ao seu destino. Isso quebra um pouco a imersão que muitos jogadores buscam nos games modernos.

Comparando com outros títulos que conseguem ocultar esses carregamentos, Starfield fica atrás nesse aspecto. Afinal, quem não adoraria uma navegação pelo espaço sem interrupções? É como se você estivesse dirigindo e tivesse que parar em um semáforo a cada esquina.

Exploração em Planetas Aleatórios

Outra crítica que faz sentido é a exploração em planetas aleatórios. O marketing do jogo deu a entender que você poderia aterrissar em qualquer um dos mil planetas e encontrar conteúdo incrível em todos eles. Infelizmente, a realidade é diferente.

Muitos desses planetas são gerados proceduralmente e, na maioria das vezes, não oferecem muito além de paisagens desoladas. É como desembarcar em um deserto sem fim, sem nada para fazer. É verdade que você pode encontrar algumas estruturas e inimigos, mas, sinceramente, não vale a pena o esforço.

Navegação Guiada por Missões

Aqui está o ponto em que minha opinião diverge de muitos. Starfield incentiva uma navegação mais focada em missões. Você segue as missões, junta-se a facções, explora áreas relacionadas às missões e, assim, desbloqueia o verdadeiro conteúdo do jogo.

Alguns podem argumentar que isso tira a sensação de exploração livre, mas, para mim, torna o jogo mais coeso e direcionado. Você não perde tempo indo a lugares que não têm nada a oferecer. O jogo aponta constantemente para o núcleo do seu conteúdo através das missões, e isso é ótimo.

Recompensas pela Exploração

Outra coisa que gostaria de mencionar é que, mesmo com minha dedicação em ler todos os livros que encontrei no jogo, não recebi nenhuma recompensa direta, como experiência. Fiquei meio decepcionado com isso, mas, eventualmente, descobri que alguns livros desbloqueiam pontos de interesse na Terra. Ainda assim, acho que o jogo poderia ter deixado isso mais claro para os jogadores.

Bugs e Performance

É impossível falar de um jogo da Bethesda sem mencionar bugs. Sim, Starfield tem seus problemas técnicos, e até mesmo encontrei um bug grave que me impediu de progredir em uma missão. Mas, convenhamos, isso já é quase uma tradição nos jogos da empresa, não é?

Além disso, a performance no PC, pelo menos na minha configuração, está abaixo do ideal. Não espere uma experiência super fluida sem algumas configurações específicas.

No entanto, mesmo com esses pontos negativos, estou adorando a experiência de Starfield. É difícil entender por que o lançamento foi tão polêmico para algumas pessoas. Eu não lembro de um jogo que tenha dividido tanto os jogadores entre amor e ódio, talvez com exceção de The Last of Us Part II. Mas, sinceramente, Starfield conseguiu gerar discussões ainda mais intensas.

A comparação com Cyberpunk 2077 me faz rir. Lembrem-se de como aquele jogo nos prometeu cidades vivas com 1000 NPCs com rotinas únicas? E o que recebemos? Starfield pode ter suas falhas, mas ao menos não nos prometeu o impossível.

Falando em comparações, a ideia de que Starfield seria um "Skyrim no espaço" está longe de ser verdadeira. Este jogo tem uma abordagem única para a exploração e as missões são o seu verdadeiro foco. A maneira correta de jogar é seguir as missões, juntar-se a facções e explorar áreas ao redor dos pontos de interesse que elas geram.

E quanto a roubar, Starfield permite que você seja criativo ao pegar itens valiosos. Se você quiser dar uma de cleptomaníaco, basta usar sua caneta para interagir com os itens, sem tocar diretamente neles. Isso é uma mecânica genial que o jogo não te explica, mas que faz toda a diferença.

Por falar em exploração, descobri que ler certos livros escritos por autores reais no jogo desbloqueia pontos de interesse na Terra, revelando estruturas reais para você visitar. Isso é uma sacada brilhante e me faz questionar por que o jogo não explicou isso de forma mais clara.

Starfield não é o jogo perfeito, mas, pelo menos para mim, é uma experiência que vale a pena. A Bethesda tem um longo caminho a percorrer até o próximo Elder Scrolls, mas Starfield é uma ótima maneira de passar o tempo enquanto aguardamos ansiosamente o próximo capítulo de Tamriel.

Em resumo, Starfield é um jogo que gera debates acalorados e divide opiniões. Eu, pessoalmente, estou aproveitando cada minuto desse espaço sideral repleto de mistérios. E lembrem-se, essa é apenas a minha opinião após mais de 40 horas de jogo. Minha jornada está longe de terminar, e quem sabe como minha opinião pode evoluir? O importante é que Starfield é uma experiência única que vale a pena conferir para os fãs da Bethesda e amantes de RPG espacial.