O Caso da CHOQUEI, Perdeu a Credibilidade que Não tem
Se há algo que todos já sabem, é que a página de fofocas "Choquei" não é exatamente a fonte mais confiável de informações. Afinal, a quantidade de fake news que essa plataforma já divulgou é surpreendente. Vamos analisar algumas das maiores e mais impactantes, começando pela intrigante "Cidade Perdida de Ratanabá".
No ano passado, a Choquei publicou uma notícia sobre a descoberta da famosa "Cidade Perdida de Ratanabá", supostamente maior que São Paulo. Contudo, após a desmentida, a página emitiu uma retratação, pedindo desculpas e prometendo combater as fake news. Uma contradição notável, considerando o histórico da plataforma.
A situação atingiu outro patamar quando a Choquei divulgou informações contraditórias sobre o jogador Christian Atsu, envolvendo um terremoto na Turquia. Primeiro, foi afirmado que ele estava vivo, apenas para, posteriormente, noticiar sua morte. Essa irresponsabilidade causou grande comoção e críticas à página.
Em novembro, a Choquei mais uma vez entrou na onda das fake news, anunciando uma tempestade solar que desligaria a internet por meses em 2024. Uma notícia que deixou muita gente apavorada, mas que, é claro, foi desmentida pouco tempo depois. O comprometimento da página em combater fake news é colocado em cheque com essas recorrentes situações.
Surpreendentemente, a Choquei se posiciona a favor da PL 2330, argumentando que a matéria do Fantástico sobre o Discord reforça a necessidade da aprovação da lei. No entanto, o Twitter esclarece que a PL não afetaria o Discord e, na verdade, se aplicaria apenas a serviços com mais de 10 milhões de usuários mensais no Brasil.
Até mesmo Cristiano Ronaldo não escapou das notícias duvidosas da Choquei. Em outubro, a página afirmou que o jogador foi condenado a levar 99 chicotadas no Irã por adultério. Uma história absurda desmentida pela própria Embaixada do Irã, mostrando mais uma vez a falta de veracidade nas notícias veiculadas pela página.
Outro episódio digno de nota é o vídeo compartilhado por Felipe Neto, no qual ele explicava as taxações de sites de compras. A Choquei, evidentemente, publicou a informação sem qualquer checagem, resultando em mais uma desmentida, evidenciando a falta de comprometimento com a veracidade.
Por fim, a Choquei propagou uma fake news sobre a suposta censura do Twitter a jornalistas que falavam sobre a PL das fake news. No entanto, a realidade era que o Twitter enfrentava problemas técnicos globais, não uma tentativa de censura.
O Impacto nas Vítimas e a Responsabilidade da Choquei
Entrando mais a fundo nas consequências das fake news da Choquei, é crucial abordar o impacto direto nas vítimas envolvidas, especialmente no caso mais recente de Jéssica. Essa jovem, erroneamente envolvida em uma notícia falsa da página, viu sua vida virar de cabeça para baixo. O poder destrutivo das informações distorcidas ganha uma dimensão mais palpável quando se observa o impacto humano.
A negligência da Choquei não se restringe apenas a celebridades e figuras públicas, atingindo também indivíduos comuns que, por um descuido ou mera coincidência, se veem envolvidos em narrativas falsas. Isso levanta questionamentos sobre a ética jornalística da página e até que ponto ela está disposta a ir em busca de cliques e visualizações.
Além disso, é interessante explorar como a Choquei lida com os pedidos de retratação e desmentidos. No caso da Cidade Perdida de Ratanabá, a retratação foi feita, mas como garantir que o estrago causado pela desinformação seja realmente reparado? Isso levanta questões sobre a responsabilidade da plataforma em corrigir as informações incorretas e minimizar os danos causados.
Outro ponto a ser explorado é o papel das redes sociais na propagação dessas fake news. Como a Choquei utiliza estratégias de SEO para aumentar sua visibilidade, é válido questionar como as plataformas digitais podem atuar de maneira mais efetiva na contenção desse tipo de conteúdo prejudicial. Seria necessário um esforço conjunto entre as redes sociais e os usuários para combater a disseminação de informações enganosas.
O padrão de comportamento da Choquei levanta também a questão da responsabilidade legal. Considerando o histórico da página em espalhar notícias falsas, seria relevante discutir até que ponto a legislação brasileira pode responsabilizar plataformas por danos causados por informações incorretas. A relação entre liberdade de expressão e a disseminação de fake news torna-se um campo complexo, mas necessário de ser explorado.
Ainda no âmbito legal, a Choquei se posiciona a favor da PL 2330, buscando respaldo para suas atividades. No entanto, a própria página foi alvo de checagens e desmentidos, questionando sua credibilidade nesse debate. Como isso se encaixa na narrativa da Choquei em relação ao combate às fake news e à defesa de regulamentações?
Essas são questões cruciais que emergem quando se examina a fundo o comportamento da Choquei. O intuito é não apenas desmascarar as fake news, mas também entender o contexto mais amplo em que essas informações são divulgadas. A transparência e a responsabilidade jornalística são elementos fundamentais que, infelizmente, parecem escassos na abordagem da Choquei até o momento.
Diante desse histórico, é essencial que os leitores da Choquei adotem uma postura crítica e busquem fontes confiáveis para se informar. Afinal, a disseminação irresponsável de notícias falsas pode ter consequências sérias, como vimos no caso recente da Jéssica. Fica o alerta: nem tudo que a Choquei divulga é digno de confiança.