sidequests & colecionáveis Descartáveis podem fazer você Perder seu tempo atrás dos 100% nos Jogos

A busca pelo 100% significa encontrar todos os colecionáveis, realizar todas as missões secundárias e desafios, obtendo todos os troféus e conquistas
Danilo Medeiros

Nos dias de hoje, muitos jogadores se dedicam a alcançar o 100% da compleção em seus games favoritos. No entanto, essa obsessão pode acarretar problemas e acabar se tornando um "tempo perdido".

sidequests & colecionáveis Descartáveis podem fazer você Perder seu tempo atrás dos 100% nos Jogos

A busca pelo 100% significa encontrar todos os colecionáveis, realizar todas as missões secundárias e desafios, obtendo todos os troféus e conquistas disponíveis. Embora isso traga uma sensação de realização, tal dedicação acaba sendo problemática em alguns jogos.


Isso porque muitos desenvolvedores abusam da inclusão de itens colecionáveis e missões desinteressantes apenas para alongar artificialmente o tempo de jogo. São coisas como pombos, cartas ou outros objetos colocados de forma aleatória pelo mapa, sem agregar valor à experiência. Da mesma forma, side quests sem alma ou carisma acabam se tornando meras tarefas repetitivas.

Além disso, jogos que exigem horas a fio para 100% terminam frustrando o jogador. A diversão e sentimento de recompensa somem, restando apenas a sensação de "tempo perdido". A memória que fica desse tipo de game é negativa.


Contudo, quando bem conduzido, o desafio extra proporcionado pelo 100% pode elevar a satisfação. Exemplos como Red Dead Redemption 2 ou a trilogia Batman Arkham conseguem fazer a plena compleção ser prazerosa. Isso porque souberam equilibrar colecionáveis úteis, side quests envolventes e desafios memoráveis.

Muitas empresas realmente abusam da estratégia de encher os jogos de sidequests e colecionáveis desinteressantes apenas para alongar a duração, sem se preocupar em torná-los significativos. Isso acaba contribuindo para tornar a experiência do 100% muito mais tediosa.


Uma prática lamentável é incluir inúmeras missões secundárias totalmente descartáveis, que não agregam nada à história ou aos personagens. São atividades genéricas como "mate 10 inimigos desse tipo" ou "colete 10 itens comuns pelo mapa". Isso acaba se tornando monótono rapidamente.

Da mesma forma, colecionáveis como livros ou cartas aleatoriamente espalhados acabam se tornando uma caça ao tesouro entediante. Principalmente quando sua quantidade é exagerada apenas para inflar artificialmente o tempo de jogo.

Em ambos os casos, falta criatividade e propósito para justificar a inclusão desses elementos. Parecem ter sido projetados apenas para encher a progressão, sem se importar se o jogador realmente se divertirá com eles.


Isso contrasta fortemente com abordagens como a de New Vegas, que soube dar personalidade e contextualização mesmo às missões secundárias mais simples. Ou Zelda Breath of the Wild, que escondeu itens de forma interessante no cenário.

Empresas que descuidam desse zelo acabam frustrado o jogador, que se sente na obrigação de ficar horas repetindo tarefas desinteressantes apenas para atingir o 100%. Perde-se a sensação de recompensa em favor do entediante "preenchimento" de percentagem.


É uma pena que muitos desenvolvedores ainda não tenham aprendido que qualidade sempre prevalece sobre quantidade melhorando a experiência do jogador.

a busca pelo 100% pode ser válida, desde que os desenvolvedores foquem em criar conteúdo relevante que realmente aprimore a jogatina, em vez de encher linguiça. Cabe ao jogador também ter discernimento para não "perder tempo" com games que claramente exploram tal obsessão de forma problemática. Com moderação, o 100% pode ser gratificante. Sem ela, será mera perda de tempo.

Danilo Medeiros
Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima
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